VIGIA, o segundo longa duração de Tipo, projecto a solo e Salvador Menezes, membro co-fundador de You Can’t Win, Charlie Brown, ganha forma num conjunto de 10 temas originais escritos e compostos pelo músico que o consolidam como um dos mais promissores cantautores da sua geração.
Vigia é nome de casa. O álbum foi criado ao pé do mar, numa casa de família junto à costa, a Casa da Vigia. A vista dessa casa é a mesma que se vislumbra na fotografia que ilustra a capa do álbum, retirada do espólio da família, e de autoria do Victor Ribeiro de Menezes, bisavô de Salvador Menezes, que a captou em 1918. O resultado é um disco de cunho autobiográfico, cantado e contado num tom quase confessional, onde a serenidade da voz de Tipo dá corpo a letras trespassadas por uma inegável inquietação que conferem ao disco uma entoação de desassossego quieto, onde prevalece um balanço perfeito entre a força da mensagem e a imperturbabilidade da interpretação. VIGIA é um álbum onde cabem as ondas do mar em “Que Horas São?”, que o músico dedica às filhas e o batimento cardíaco da filha mais nova, em “Segunda”, o tema que abre o disco.
Para estúdio Salvador levou Pedro Branco (guitarra e baixo) e Tomás Sousa ( bateria ) amigos e companheiros de banda em YCWCB. Há um dueto com Inês Sousa, no tema "Reclamo Baixinho". E a participações Leonor Arnaut e, dos também companheiros de banda, Afonso Cabral, David Santos (Noiserv) e João Gil em "Rotinas". Martim Sousa Tavares assinou os arranjos de orquestra e Tipo a produção.
VIGIA foi misturado por Eduardo Vinhas e masterizado por Mários Barreiros.
VIGIA sucede a “Novas Ocupações”, o álbum de estreia editado em 2018, pela Pataca Discos.
Créditos Fotografias:
Vera Marmelo